sexta-feira, 1 de março de 2013
Esperança; Ter, Viver e Levar aonde Deus mandar
Querido amigo,
Acompanho a "igreja" no Brasil desde que nasci. Tive a oportunidade de trabalhar em diferentes Uniões, Estados e realidades e uma dessas oportunidades foi estar com vocês por 3 anos. Posso afirmar que a juventude AMa é diferenciada.
A sensação que dá é que vocês, como povo, receberam porção dobrada de entusiasmo, envolvimento, disposição, alegria e boa vontade.
A minha pergunta pra você Jovem AMa é: O que você tem feito com todos os dons e bênçãos que você recebeu?
Você recebeu, junto com a "poção dobrada" de qualidades e dons uma "poção dobrada" de responsabilidade. No Dia do Juízo, Deus pedirá conta do que você fez com a "poção" que Ele te deu.
Existem tantas pessoas sofrendo por falta de esperança, pessoas sofrendo no pecado. Temos a obrigação de "salvá- las do pecado e guiá-las para que se juntem a nós no serviço de salvar outros"
No inicio da década de 2000, eu era diretora da Escola da Alvorada em SP. Um dia, soube a triste noticia que um aluno, de uns 15 anos, havia morrido. Ele estava voltando da padaria, ás 6 e pouco da manhã e ao cruzar com outro jovem da mesma idade na calçada, os dois foram executados por uns rapazes de moto.
Nosso aluno, filho único de uma irmã viúva, até ali, desbravador, envolvido e atuante na pequena congregação Adventista do seu bairro, Jardim São Luiz, um aluno exemplar, um excelente filho... Um verdadeiro cristão.
O outro rapaz que foi morto, era o alvo do ataque, também com 15 anos, filho de uma viúva, era um traficante perigoso.
Os dois velórios e enterros foram marcados para a mesma hora nas capelas do cemitério do bairro, que é enorme.
Às 3:00h o pastor começou o culto fúnebre, e, como a pequena capela não cabia nem um quarto dos irmãos, desbravadores, professores e alunos da escola, eu, como a maioria, ficamos do lado de fora.
A uma certa distância da "capela" que não tinha parede na frente, tinha uma mureta de cimento e eu subi para assistir ao culto. Dali, podia ver tudo o que acontecia na "capela" ao lado onde o outro jovem estava sendo "velado".
A diferença das duas cenas era muito grande.
De um lado, lágrimas de esperança, de outro, lágrimas de desespero.
De um lado, hinos de esperança, de outro, gritos de desespero.
Dois momentos foram muito marcantes:
Na hora de fechar o caixão.
De um lado, uma mãe se despedindo dizendo: Até a Volta de Jesus meu filho.
Do outro, uma mãe aos berros, tentando impedir que o caixão fosse tampado gritando: não levem meu filho.
O segundo momento foi quando os caixões foram colocados na sepultura:
De um lado uma mãe entre lágrimas cantava: " Aguardo o dia..."
Do outro, uma mãe ajoelhada, desesperada tirando de cima do caixão com as mãos a terra que ia sendo depositada gritava: não façam isso com o meu filho.
Naquele dia eu aprendi a diferença que é TER ESPERANÇA.
Uns dois anos depois, no final de um culto que eu relatei essa experiência, o Dedé, com 8 ou 9 anos me disse: mãe, você sabia de Jesus, você tinha que ter ido contar pra ela para aquela mãe pra que ela não sofresse tanto.
Naquele dia eu aprendi que não adianta eu TER ESPERANÇA e não LEVAR ESPERANÇA aos que precisam.
Nós temos que fazer nossa parte SALVANDO pessoas, como essa mãe, e GUIANDO-AS para que elas possam, junto conosco trabalhar para o Senhor.
Você recebeu "poção dobrada" faça sua parte. Apresse a volta de Jesus e assim, poderemos juntos viver a Eternidade.
Sinto saudades de vocês,
Um grande abraço,
Evelin Gaya.
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