quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A Reforma Espiritual e a Missão


A palavra de Deus é clara ao afirmar que o objetivo da comunhão é o cumprimento da Missão. Jesus disse em Lucas 4:18 ao ler o livro do profeta Isaías assim: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar…”.


Observe que Jesus apresenta uma sequencia lógica, pois primeiro deve acontecer um reavivamento e uma reforma na vida do crente para depois realizar o evangelismo com sucesso. No Antigo Testamento, vemos a história de Moisés. Primeiramente, Deus o tirou do Egito, depois, levou para o deserto, em seguida teve um encontro com ele na sarça ardente. Somente de depois desse poderoso encontro é que Moises foi usado com poder para libertar o povo da escravidão. Depois, a missão era conduzir o de Israel até a terra prometida, nesse êxodo pelo deserto, Deus continuou fazendo a obra em e através de Moisés. Assim foi na vida dos mensageiros de Deus no passado.


Quando os discípulos foram chamados passaram mais de três anos em comunhão com Jesus e, claro que durante esse período, eles participaram ativamente da missão, porém faltava uma reforma completa para que recebessem a plenitude do poder e finalmente alcançar os propósitos de Deus. Foi somente depois da morte de Jesus, reunidos naquele cenáculo, que eles experimentaram o verdadeiro reavivamento e a verdadeira reforma. Em atos 2, vemos o resultado, já que milhares de pessoas aceitaram a palavra e foram batizadas. Atos 2:37-41.


Nosso Senhor deseja fazer uma obra em nós e através de nós. Em Isaías 58:12, lemos que edificar as ruínas, levantar os fundamentos, reparar as brechas e restaurar veredas, faz parte da Missão de Deus em nós e através de nós. Em outras palavras, não se pode dar aquilo que não se tem. Cada servo de Deus precisa estar abastecido do poder do Espírito Santo para depois pregar a mensagem e cumprir a missão.


“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Atos 1:8. Aqui está o segredo para unir comunhão, reavivamento, reforma, com a Missão Evangélica.


Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a Cristo. Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã. Aproximaram-se mais e mais de Deus, e fazendo isto sentiram que era um privilégio o ser-lhes dado associar-se tão intimamente com Cristo. A tristeza lhes inundava o coração ao se lembrarem de quantas vezes O haviam mortificado por terem sido tardos de compreensão, falhos em entender as lições que, para seu bem, estivera buscando ensinar-lhes.


Esses dias de preparo foram de profundo exame de coração. Os discípulos sentiram sua necessidade espiritual e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para o trabalho de salvar almas. Não suplicaram essas bênçãos apenas para si. Sentiam a responsabilidade que lhes cabia nessa obra de salvação de almas. Compreendiam que o evangelho devia ser proclamado ao mundo, e reclamavam o poder que Cristo prometera. Atos dos Apóstolos, página 37, de Ellen White.


A igreja primitiva viveu essa maravilhosa experiência, a igreja Adventista começou exatamente assim, com reavivamento, reforma e evangelismo. O crescimento era impressionante, todos os pastores eram evangelistas, os membros tinham aquele fervor da primitiva igreja. Com o passar do tempo, muitos entraram na zona de conforto, deixaram a comunhão e a missão, o foco estava em outra direção. Com nosso Deus é maravilhoso, Ele está agora conclamando seu povo a voltar as origens, assim como Abraão, Isaque, Jacó, Elias e outros, devemos ajustar o foco da comunhão e da missão.
Por isso eu sempre digo: “Não basta ser adventista, tem que ser evangelista!”


Fonte: Reavivamento e Reforma

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