Os cuidados para se ter uma vida mentalmente saudável.
Em meio à correria do dia a dia e mudanças nas configurações sociais observo que duas (entre tantas outras) coisas têm crescido nas últimas décadas – o índice de pessoas sofrendo com stress e o número de igrejas “por metro quadrado”. Você também tem essa percepção?
Existe uma interessante relação entre espiritualidade e estresse. Não quero, aqui, dizer que o aumento do número de igrejas se deve ao aumento do índice de pessoas sofrendo com stress ou vice-versa, até porque não realizei nenhum tipo de estudo científico para dar suporte a essa ideia. O que quero dizer é que os campos da saúde mental e da saúde espiritual se comunicam e se relacionam, e que precisamos cuidar de ambos.
Elizabeth Scott, psicóloga e escritora, aponta alguns benefícios da espiritualidade no manejo do stress. Entre os benefícios citados por Elizabeth estão: a religião e a espiritualidade produzem bem-estar, a religião e/ou a espiritualidade atendem a necessidades como o apoio de um poder superior e o apoio social de pessoas da comunidade religiosa. Além disso, através da religião podemos desenvolver novas formas de compreender as dificuldades e os desafios que enfrentamos no dia a dia e pessoas religiosas usam menos serviços médicos e vivem mais. Outro benefício são práticas religiosas, como oração e meditação, que ajudam a reduzir o stress, aumentam a sensação de bem-estar, diminuem a dor física, reduzem sintomas de depressão e ansiedade, entre outros. E todos esses benefícios são gratuitos.
Contudo, apesar de tantos benefícios, ainda encontramos muitas pessoas que frequentam igrejas e possuem suas práticas espirituais, sofrendo de estresse e desenvolvendo problemas de saúde, dos mais leves aos mais graves. E, o pior, muitas vezes o desenvolvimento desses problemas está também relacionado com a espiritualidade. Isso porque além do acúmulo de funções dentro das organizações religiosas (algumas pessoas ocupam muitos cargos dentro da igreja, por exemplo), a culpa e o entendimento errado de alguns temas religiosos pode ser grande fonte de angústia e estresse. “Enfermidades mentais prevalecem por toda parte. Nove décimos das doenças das quais os homens sofrem têm aí sua base. [...]
Remorsos pelos pecados às vezes encobrem a constituição e desequilibram a mente. Há também doutrinas errôneas, como a de um inferno sempre ardente e o eterno tormento dos ímpios que, dando exagerada e distorcida visão do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre as mentes sensíveis.” (Mente, Caráter e Personalidade, vol. 1, p. 59.). Acrescento aqui temas como “fé e obras”, “o juízo” e a visão deturpada de quem é Deus e de como Ele se relaciona conosco.
Dessa forma, algo que poderia ser uma bênção, torna-se uma fonte de stress e problemas de saúde.
Podemos usufruir dos benefícios da espiritualidade da forma como Elizabeth os descreve e recomenda aos seus pacientes. Mas, para isso, precisamos repensar a religião que temos praticado.
“Meu filho, escute o que lhe digo; preste atenção às minhas palavras. Nunca as perca de vista; guarde-as no fundo do coração, pois são vida para quem as encontra e saúde para todo o seu ser.” Provérbios 4:20-22
Fonte: Agência Sul Americana de Notícias
Foto ilustrativa: Yogaway
Artigo: KARYNE CORREIA
Em meio à correria do dia a dia e mudanças nas configurações sociais observo que duas (entre tantas outras) coisas têm crescido nas últimas décadas – o índice de pessoas sofrendo com stress e o número de igrejas “por metro quadrado”. Você também tem essa percepção?
Existe uma interessante relação entre espiritualidade e estresse. Não quero, aqui, dizer que o aumento do número de igrejas se deve ao aumento do índice de pessoas sofrendo com stress ou vice-versa, até porque não realizei nenhum tipo de estudo científico para dar suporte a essa ideia. O que quero dizer é que os campos da saúde mental e da saúde espiritual se comunicam e se relacionam, e que precisamos cuidar de ambos.
Elizabeth Scott, psicóloga e escritora, aponta alguns benefícios da espiritualidade no manejo do stress. Entre os benefícios citados por Elizabeth estão: a religião e a espiritualidade produzem bem-estar, a religião e/ou a espiritualidade atendem a necessidades como o apoio de um poder superior e o apoio social de pessoas da comunidade religiosa. Além disso, através da religião podemos desenvolver novas formas de compreender as dificuldades e os desafios que enfrentamos no dia a dia e pessoas religiosas usam menos serviços médicos e vivem mais. Outro benefício são práticas religiosas, como oração e meditação, que ajudam a reduzir o stress, aumentam a sensação de bem-estar, diminuem a dor física, reduzem sintomas de depressão e ansiedade, entre outros. E todos esses benefícios são gratuitos.
Contudo, apesar de tantos benefícios, ainda encontramos muitas pessoas que frequentam igrejas e possuem suas práticas espirituais, sofrendo de estresse e desenvolvendo problemas de saúde, dos mais leves aos mais graves. E, o pior, muitas vezes o desenvolvimento desses problemas está também relacionado com a espiritualidade. Isso porque além do acúmulo de funções dentro das organizações religiosas (algumas pessoas ocupam muitos cargos dentro da igreja, por exemplo), a culpa e o entendimento errado de alguns temas religiosos pode ser grande fonte de angústia e estresse. “Enfermidades mentais prevalecem por toda parte. Nove décimos das doenças das quais os homens sofrem têm aí sua base. [...]
Remorsos pelos pecados às vezes encobrem a constituição e desequilibram a mente. Há também doutrinas errôneas, como a de um inferno sempre ardente e o eterno tormento dos ímpios que, dando exagerada e distorcida visão do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre as mentes sensíveis.” (Mente, Caráter e Personalidade, vol. 1, p. 59.). Acrescento aqui temas como “fé e obras”, “o juízo” e a visão deturpada de quem é Deus e de como Ele se relaciona conosco.
Dessa forma, algo que poderia ser uma bênção, torna-se uma fonte de stress e problemas de saúde.
Podemos usufruir dos benefícios da espiritualidade da forma como Elizabeth os descreve e recomenda aos seus pacientes. Mas, para isso, precisamos repensar a religião que temos praticado.
“Meu filho, escute o que lhe digo; preste atenção às minhas palavras. Nunca as perca de vista; guarde-as no fundo do coração, pois são vida para quem as encontra e saúde para todo o seu ser.” Provérbios 4:20-22
Fonte: Agência Sul Americana de Notícias
Foto ilustrativa: Yogaway
Artigo: KARYNE CORREIA
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